CAIXA BATE NOVO RECORDE EM CRÉDITO IMOBILIÁRIO






O perfil dos financiamentos imobiliários apresenta mudanças em todo o país


A Caixa Econômica Federal (Caixa) encerrá 2012 com novo recorde em financiamentos habitacionais em Minas Gerais e no Brasil. Em outubro, a instituição já havia alcançado o valor do ano passado tanto em nível em estadual quanto em nível nacional.

Ao final deste exercício, o crédito imobiliário do banco deve somar cerca de R$ 100 bilhões em todo o país. E se a participação do Estado seguir a linha histórica, ou seja, 10%, Minas receberá algo perto de R$ 10 bilhões, o que representará um aumento em torno 25% em relação ao montante de 2011 (R$ 8 bilhões).

As informações foram adiantadas pelo vice-presidente da Caixa, José Urbano Duarte, e pelo gerente regional de Habitação do banco em Minas Gerais, Marivaldo Araújo Ribeiro, durante evento promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), na quarta-feira, na sede da entidade, em Belo Horizonte.


Conforme Duarte, o resultado reflete a situação da economia do país. "Principalmente a partir de 2009, os bancos públicos e, em especial, a Caixa, vêm ampliando a atuação como provedores de crédito imobiliário e, ao mesmo tempo, os juros vêm caindo, a inflação, apesar de algumas oscilações, tem estado dentro das metas, o nível de desemprego diminuiu e a renda aumentou. Este conjunto de fatores explica a expansão dos financiamentos habitacionais e nos permite vislumbrar perspectivas positivas para os próximos anos no que diz respeito ao crédito imobiliário", explica.

Juros - Frente a este ambiente favorável, continua Duarte, "a Caixa enxergou oportunidades que determinaram a adoção de um conjunto de medidas", como a redução dos juros, que caíram de 36% ao ano em abril de 2011 para 20,6% anuais atualmente, o recuo do spread, de 24% a 25% em abril do exercício passado para 13% nos patamares de hoje e o prolongamento dos prazos de financiamentos habitacionais na modalidade do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Essas medidas impulsionaram o participação da Caixa no market share nacional de crédito imobiliário de 6% em 2002, passando para 12,3% no ano passado e atingindo os atuais 14,4% e com um índice de inadimplência de 1,4%, com previsão de chegar entre 1,1% e 1,2% até o final deste exercício, segundo Duarte.

O perfil dos financiamentos imobiliários também vem mudando tanto no Brasil quanto em Minas. Em 2008, antes do lançamento do programa "Minha casa, minha vida", a maior parte do crédito (84%) era para financiar a aquisição de unidades habitacionais usadas, enquanto 16% eram direcionadas para financiar a produção, ou seja, novas habitações. Hoje, os empréstimos para novas unidades já chegam a 40% de todo o crédito.

"O Minha casa, minha vida mudou a característica do acesso ao crédito no país. Hoje, de cada 10 imóveis financiados pela Caixa, 6,7 são habitações novas e, em 2007, antes do programa, a relação era praticamente a oposta", ilustra o vice-presidente da instituição.

No país, a projeção do vice-presidente da Caixa é de que o crédito imobiliário da instituição encerre 2012 em R$ 100 bilhões, com possibilidade de até ultrapassar um pouco este valor. Isso representará um novo recorde e um crescimento da ordem de 25% sobre o montante do ano passado (R$ 80,09 bilhões).

Para o presidente do Sinduscon-MG, Luiz Fernando Pires, as condições do mercado mineiro são ideais para o crescimento do crédito imobiliário no Estado. "Minas Gerais é um dos estados com maior concentração de construtoras e tem uma carência enorme de moradias. Isso cria uma situação favorável, onde existe mercado, quem quer comprar e empresas para empreender, e oferta de crédito", afirma.

Segundo levantamento da Caixa, o déficit habitacional em Minas Gerais é da ordem de 916,44 mil moradias, praticamente 10% dos 9 milhões de habitações, em números redondos, estimados em nível nacional pela instituição.(DiariodoComercio)
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