MORADORES DE BARÃO GERALDO FAZEM CAMPANHA POR PARQUE


Movimento quer que Prefeitura desaproprie a fazenda Rio das Pedras
Entrada da fazenda Rio das Pedras, em Barão Geraldo: moradores querem transformá-la em parque
Moradores de Barão Geraldo entraram em ação e prometem fazer oposição a qualquer proposta que permita o loteamento da Fazenda Rio das Pedras. A campanha para transformar a fazenda no Parque de Barão Geraldo já está nas ruas e a organização do movimento quer que a Prefeitura desaproprie o local. Se isso ocorrer, Campinas ganhará uma área com importantes atributos ambientais e um lago duas vezes maior que a Lagoa do Taquaral.


O temor dos moradores é que, na revisão da Macrozona 3, que está em curso, os critérios atuais sejam mudados para atender a pressão imobiliária. “Será um crime se isso ocorrer”, disse o coordenador da campanha em defesa do parque, Manoel Rosa Bueno. Hoje, na Cooperativa Brasil, os organizadores do movimento se reúnem às 16h, para fazer a divisão e distribuição das tarefas para que a campanha seja uma força para convencer a Prefeitura a desapropriar a fazenda e transforma-la em parque.
A legislação atual, formada pelo plano local de gestão (PLG) da Macrozona 3, editado em 1996, prevê que, por sua localização estratégica no entorno da malha urbana, seu sistema hídrico e paisagístico ambiental, a implantação de qualquer forma de uso e ocupação do solo para fins urbanos na fazenda só será examinada dentro de um projeto global, seguindo uma série de condicionantes ambientais.
A área tem uma beleza que impressiona. O conjunto arquitetônico tombado compreende a Casa Grande, a Casa das Máquinas e as Casas de Colonos. A fazenda tem grande valor histórico-cultural. Fundada inicialmente para a produção de açúcar, em 1885 já abrigava cerca de 150 mil pés de café.
A sede foi edificada como presente para Camila Barbosa de Oliveira, neta do desembargador Albino José Barbosa de Oliveira. A Casa das Máquinas, usada como depósito e oficina da fazenda, testemunha a produção açucareira, devido à existência de uma roda d’água. As Casas de Colonos constituem uma pequena vila, formando um importante conjunto arquitetônico.
A área brejosa foi tombada pela necessidade de preservar nascentes e afluentes do Ribeirão da Pedras. Além disso, possui características paisagísticas e ambientais importantes. Local de refúgio e nidificação de vida silvestre, faz parte de um corredor ecológico com as demais áreas tombadas nessa região (área brejosa, dois maciços arbóreos no Recanto Yara, matas e lagoas da Fazenda Rio das Pedras), proporcionando fluxo de material genético das espécies vegetais e animais, aumentando a sustentabilidade natural dos bens.
As matas e lagoas configuram-se de grande importância ambiental e hídrica, pois fazem parte da microbacia do Rio das Pedras e do corredor migratório da Reserva Florestal Mata Santa Genebra. Esses bens são fundamentais na conservação da biodiversidade e dos mananciais hídricos que abastecem a cidade de Campinas e região.
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