Linha com foco na classe média tem
limite de R$ 20 mil, com juros de até 12% ao ano e 120 meses para pagamento.
De início, estarão disponíveis R$ 300
mi; empréstimo só ocorrerá para imóveis com valor até R$ 500 mil.
Com o objetivo de estimular a
construção civil, o governo aprovou ontem uma nova linha de financiamento,
com foco na classe média, para compra de material para reforma ou ampliação
de imóveis. Os recursos virão do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Hoje, há linha para material de
construção destinada a famílias de menor poder aquisitivo, com renda bruta
mensal de até R$ 5.400, a juro máximo de 8,16% ao ano.
A modalidade aprovada ontem não prevê
limite de renda e determina custo anual máximo, incluindo juro, comissões e
encargos, de 12%, com 120 meses para pagar.
Segundo o Conselho Curador do FGTS,
que tomou a decisão em reunião extraordinária, antecipada na edição de ontem
do jornal "O Globo", hoje a linha mais barata destinada à classe
média no mercado tem juros de 23,14% ao ano, com prazo para pagamento de até
60 meses.
O limite máximo de financiamento da nova linha será de R$ 20 mil por tomador.
"É um limite adequado, já que em média as reformas requerem R$
8.000", afirmou Paulo Eduardo Furtado, assessor do Ministério do
Trabalho.
A princípio, serão disponibilizados R$ 300 milhões para a linha, montante que
poderá chegar a R$ 1 bilhão, dependendo da demanda.
A linha de financiamento anterior,
voltada para a baixa renda, emprestou R$ 3,5 bilhões nos últimos oito anos.
"É pouco", afirmou Claudio
Conz, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material
de Construção) e membro do Conselho Curador.
"Mas uma taxa de 8,16% ao ano é
tão baixa que é irreal. Essa nova medida ampliará o leque.”
Como o FGTS faz parte do Sistema
Financeiro da Habitação, que abrange imóveis de até R$ 500 mil, esse será o
teto do valor das residências que serão reformadas com a nova linha de
crédito.
Os recursos a serem emprestados são
originários do FGTS, mas o tomador não precisará retirar dinheiro de sua
conta no fundo para ter acesso ao financiamento. O crédito será oferecido
pela Caixa Econômica Federal, mas o Banco do Brasil, segundo o Ministério do
Trabalho, tem interesse na linha, aberta também a bancos privados.
A linha, que também poderá ser usada
para instalação de hidrômetros individuais e implementação de sistemas por
aquecimento solar, entra em vigor em 30 dias.
ESTÍMULO
O objetivo do governo é estimular a
construção civil, que no segundo semestre do ano passado sentiu o impacto das
restrições de crédito.
"Em 2011, nosso crescimento no volume de vendas foi de 4,5% sobre 2010,
quando a alta tinha sido muito maior, de 10,8%", disse Conz.
Com as medidas tomadas ontem, a expectativa é crescer, em 2012, entre 7% e 8%
na comparação com 2011.
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