Boa notícia para quem gosta de investir em imóveis: o mercado está em alta. O preço de imóveis novos e usados, residencial ou comercial, está subindo.
A má notícia: justamente por estar em alta, quem pretende investir neste setor vai pagar caro por isso.
E a explicação financeira é bem simples. Os juros devem começar a cair, o que vai afetar a rentabilidade dos investimentos em renda fixa atrelados a eles.
“Muita gente busca nos imóveis uma rentabilidade que não vai conseguir em outro lugar, com pouco risco”, diz o economista Claudio Gonçalves, da Planning Consult.
Residencial ou comercial?
Mas como acertar na compra? “É preciso estar antenado com o mercado”, afirma Gonçalves. “Conversar com corretores e ficar de olho em bairros que estão recebendo infraestrutura.”
Para Roseli Hernandes, diretora comercial da Lello Imóveis, empresa de locação, vendas e administração de imóveis, grandes obras como Metrô e Rodoanel também valorizam uma região.
“A infraestrutura está valorizando apartamentos e casas em Natal, Tocantins e Fortaleza”, diz Hernandes.
Imóveis pequenos
De qualquer forma, ela ressalta alguns imóveis que têm mais procura do que outros.
“Para moradia, o melhor são os imóveis com dois ou três quartos e pequenos, com 60 metros quadrados. E os galpões pequenos, com 250 metros quadrados, também têm melhor saída”, diz Hernandes.
Isso porque quanto menor o imóvel, menores serão os custos fixos (como condomínio e limpeza) para mantê-lo.
Retorno
Se for para alugar, o valor mensal médio cobrado pelo dono do imóvel equivale a 0,5% do preço do imóvel. Mas, segundo Hernandes, o mercado está cobrando pelo menos 0,7% ao mês.
“O que a gente vê é que em quatro anos ou um pouco mais o investidor já tem lucro, ou seja: já recuperou o investimento feito”, afirma Hernandes. “Só para ter uma idéia, os imóveis na Mooca (zona leste de São Paulo), valorizaram 100% em cinco anos.”
Para diminuir o risco, o ideal é não investir em um só tipo de imóvel, num único bairro. Tampouco depender apenas de um inquilino. “É preciso diversificar, e essa regra vale para qualquer investimento”, afirma a diretora da Lello.
O economista Claudio Gonçalves faz outro alerta. “A alta dos imóveis não vai durar para sempre. São Paulo, por exemplo, deve suportar mais uns quatro anos de valorização”, diz.
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